Em sessão lotada, professores municipais cobram o pagamento de seus salários.
Na sessão estiveram presentes os vereadores Bado, Luciene, Rodrigo de Gilson, Zé Miranda e Zé Miúdo. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sítio do Quinto, Evando Santana Santos, também esteve presente fazendo uso da plenária e discutindo sobre a realidade da educação de Sítio do Quinto. Não é a primeira vez que o presidente do Sindicato faz uso da tribuna para se manifestar sobre as diversas greves que já ocorreram no município.
Segundo o presidente do Sindicato, a dívida que a prefeitura tem com os servidores está cada vez maior e isso preocupa os professores. “Nós estamos com o mês de setembro e completando quase o mês de outubro sem receber, ou seja, são quase 60 dias sem salário. Diante disso, temos para receber no mês de novembro um montante no valor de R$630.000,00 para pagar R$1.400.000,00 dos meses anteriores, ou seja, essa conta não fecha de jeito nenhum”, explica o sindicalista.
Evando esclarece que no dia 5 de agosto foi protocolada na promotoria, uma ação civil pública, onde o promotor pede ao juiz que faça um pedido de bloqueio das contas ou afastamento do prefeito municipal, mas até o momento não foi tomada nenhuma decisão. Diante disso, o sindicato convocou a justiça federal, pedindo o bloqueio ou afastamento do gestor de Sítio do Quinto.
Sem dinheiro, sem sustento.
Emocionado, Evando diz que a situação está cada vez mais insustentável e segundo ele, já está difícil pagar as contas e comprar os recursos básicos de alimentação para a sua família. “Ontem foi a feira e eu tive que comprar a carne fiado, então vocês vejam como é difícil para um pai de família passar por uma situação como essa”.
Os servidores ainda cobraram maior fiscalização dos vereadores para que alguma atitude seja tomada diante da situação. Interpelados pelos grevistas, os vereadores presentes manifestaram apoio aos grevistas e dizem que sempre estiveram juntos com os servidores pela garantia de seus direitos.
Momentos decisivos.
Sob aplausos e palavras de apoio vindas dos servidores presentes na sessão, Evando destaca medidas enérgicas caso a situação não seja solucionada até o fim dessa semana. “Nós só retornaremos a sala de aula, a partir do momento em que a justiça nos dê qualquer garantia de que os nossos salários atrasados serão pagos, caso contrário, na próxima semana, os grevistas que estavam realizando a greve no Sindicato, vão ocupar a Prefeitura ou a Câmara Municipal, até termos os nossos salários depositados em conta”, finaliza o presidente.
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